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Entrevista com Mari Almeida
11º Desafrio Urubici - 2014
Mari Almeida no Desafrio 2014.

Olá amigos corredores, hoje como entrevistada do TrailRunningNet temos a  corredora Mari Almeida. Tive o prazer de conhece-la  no Corupá Extreme Marathon em fevereiro deste ano, e nessa era de redes sociais, acompanhei seu crescimento em corridas de montanha, fiz o convite para a entrevista, ela aceitou e aqui estamos!

Mari Almeida iniciou no universo das corridas em 2012, natural da cidade de Cascavel no estado do Paraná, aos 13 anos mudou-se para a bela e simpática Jaraguá do Sul no estado de Santa Catarina onde reside desde então. Formada em Pedagogia, atua como coordenadora do setor de desenvolvimento em uma confecção, tem 2 filhos, um deles já contaminado pelo “vírus” da corrida.


 

No Corupá Extreme Marathon em fevereiro de 2014, corremos um trecho juntos e me lembro que você disse que aquela era sua primeira prova de Corrida na Montanha, quais foram as suas impressões sobre essa prova em particular?

Verdade, Diego foi minha primeira corrida de montanha, mas em trilhas já sou antiga, já fiz muita trilha/trekking em montanha na região de Curitiba e  em 2013 fiz uma das trilhas Inca no Peru, foram 4 dias de trekking intenso, chegamos a  5 mil metros de altitude, muita chuva, frio, vento, neve, lama e muita adrenalina nos trechos mais complicados.

Sobre a prova de Corupá posso te dizer sinceramente que foi ali que me apaixonei pelas corridas de  montanha. Prova intensa, pesada, mas deliciosa!

Não tinha ideia do que ia encontrar pela frente. Fui com a cara ou pernas no caso  e a coragem,  muita confiança e incentivo dos amigos e treinadora  que ficaram as 4 horas que demorei pra fazer os 24km, me esperando ansiosos e preocupados pois viam os outros corredores chegar sujos, machucados, e eu não aparecia, quando apontei na ultima reta de asfalto estavam todos me esperando, fui muito emocionante, ali vi que tinha me superado  e confesso que chorei muito.

Mas eu curti muito a prova, bati muitas fotos pelo caminho, fiz amigos, me diverti  muito. Foi cansativa, mas terminar esse tipo de prova bem é uma vitória  e a sensação de superação é indescritível e Subir ao pódio em 2º lugar na categoria então foi demais!!

Desde Corupá a acompanho pelo Facebook e vejo que seu currículo de Trail Running aumentou, poderia nos destacar outras provas que participou?

Sim, como disse me apaixonei e estou procurando essas provas pra participar.
– Mountain da Praia do Rosa em maio 21Km.
– Cross aqui em Jaraguá de 6Km.
– Desafrio em Urubici em dupla subi os 27Km.
E agora em julho a Maratona dos Perdidos 13Km.

Esse ano você participou da Maratona de Santiago, como foi a experiência de correr num país diferente?

Correr minha primeira meia maratona de asfalto  em um país lindo como o Chile foi algo pra nunca mais esquecer e repetir sempre que possível, foi um misto de emoções e sensações, sofri com a ansiedade pré prova,  dor de barriga, diarreia mesmo, travei da coluna , tive gripe mas tudo isso passou depois de  2:06 de prova, acabou a prova eu estava inteira, sem dor alguma.
Estava com 2 grandes amigos que também estavam estreando na meia e na maratona, estávamos os 3 ansiosos e apoiando um ao outro,o  resultado de cada um de nós foi o melhor possível.

Nos superamos e provamos pra nós mesmos que podemos qualquer coisa que temos vontade.

Pode nos contar um pouco sobre o seu início nas corridas (e em outros esportes se houver)?

Comecei meio por acaso, tinha vontade de correr, e em uma das caminhadas que participei conheci 2 pessoas que faziam aula de corrida. Isso foi dia 24-06-2012 no dia 26 começei nas aulas, morrendo pra fazer 2km, 1 mês de aula e fui pra minha primeira prova e nunca mais parei de correr. Em 2013 fiz mais de 20 provas, experimentei todas que pude, cheguei a fazer  5 provas por mês. Não aconselho a fazer isso, o desgaste é muito grande.
Pedalo também, participei de uma prova de bike, e alguns pedais longos, mas o bichinho da corrida foi mais forte, agora pedalo esporadicamente.

Santa Catarina é um dos estados de maior beleza natural do país, possui belíssimas provas, muitas delas de relevo diversificado, como é correr na areia da praia, na estrada, no asfalto e na montanha em uma mesma prova?

Santa Catarina é um lugar abençoado por Deus e bonita por natureza!  Eu acho esse misto de terrenos em provas muito bacana,  a prova de Urubici teve muita mistura, só faltou a praia.
Praia do Rosa foi uma das mais completas,  dunas, praias, asfalto, trilha, calçamento e estrada de chão.
Acho que isso é o legal das corridas de montanha, não fica monótono igual asfalto.
Um fator que curto muito nas provas de montanha é o companheirismo, a gente nunca esta sozinha, sempre tem alguém por perto conversando ou ajudando nos trechos mais complicados.

Qual o  seu calendário de provas para o segundo semestre 2014?

Esse ano em especial decidi selecionar algumas provas:
– Julho –Maratona dos  Perdidos
– Agosto- Circuito Athenas Rio de Janeiro
– Setembro – Revezamento volta a Ilha de São Francisco
– Novembro – Trail dos Ambrósios
E para 2015 Patagônia Run no Chile

Você já correu algumas meias maratonas, quais os seus objetivos como corredora para o restante de 2014 e 2015?

Sim, já foram 3 meias de montanha e uma de asfalto, quero cada vez mais aumentar as distancias, em 2015 pretendo fazer uma maratona e uma ultra.
Estou ousando cada vez mais, acho que cada distância superada,  me incentiva a querer mais. Corrida é uma droga boa, vicia demais!

Qual a prova dos seus sonhos?

El Cruce – Colombia  Conheci uma pessoa durante a trilha no Peru que participou e senti muita vontade de  fazer tambem são 3 dias de prova e 100km  vou analisar com carinho, quem sabe  em 2016 e outra que esta nos planos para 2015 é o Desafrio 52km solo, esse ano fiz em dupla e adorei. Agradeço muito a minha amiga e parceira de corrida pela companhia e por acreditar em mim.
São Silvestre já tive muita vontade de correr, hoje já não faz mais parte dos meus sonhos!
Ano que vem em abril vou fazer a Patagonia Run  no Chile, costumo conciliar minhas férias com alguma viagem que possa participar de uma corrida ou alguma trilha diferente.

Algum atleta que tenha admiração?

Tenho vários amigos e amigas maratonistas e ultramaratonistas, mas admiro as mulheres ultra, uma delas é essa pessoa que me inspirou a participar do El Cruce. Admiro demais mulheres de garra que não tem  medo de se arriscar, se sujar nas trilhas e montanhas, não tem medo de quebrar a unha, estragar a chapinha e tal. Na verdade cada pessoa comum que começa a correr  por vontade  ou  por necessidade é um herói,  e merece nossa admiração, temos vários exemplos claros de superação em nosso grupo de corrida.

Nosso objetivo não é ser atleta profissional e sim fazer o que gostamos e principalmente se divertir.

Qual a sua rotina de treinos, quanto km corre em média por mês?
Treino 5 vezes por semana, em media 30 km por semana depende do tipo de prova que vou participar, mas gira em torno de 100km por mês.  Tenho acompanhamento de uma assessoria. Acho importante esse acompanhamento, porque eles sabem qual o melhor treino para cada um de nós e pros nos objetivos.

Quais dicas você daria para quem está ingressando nas provas de Trail Running?

Antes de qualquer coisa tem que gostar de correr, prova de montanha é mais que correr uma prova, é viver intensamente a corrida, enfiar o pé na lama literalmente, cair de cabeça, joelhos, braços  e tudo mais na prova, é não ter medo de se arriscar. O treinamento pra essas provas é mais pesado, as provas exigem muito mais do seu corpo e da cabeça.

 Mari, gostaria de comentar algo a mais?

Agradecer, só isso! A  todos que me apoiam, aos meus filhos, amigos, assessoria, desconhecidos que sempre incentivam, vocês não tem ideia de como é bom em uma prova receber um incentivo, um grito de “vai la guerreira”  “ ta chegando” “parabéns”. E a você Diego por me dar a oportunidade de falar um pouco sobre minhas aventuras nas corridas pelo Brasil.

Obrigado Mari, agradeço o seu tempo para essa entrevista, parabéns por toda sua dedicação e empenho, nos vemos na montanha!

 

2 comentários sobre “Entrevista com Mari Almeida

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