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Travessia 7 cumes (Ciririca por cima), Serra do Ibitiraquire

Prólogo 

Em fevereiro de 2016 eu, e os amigos Luiz Voronovicz , Dirceu, Poleto, Wagner e Robert, fizemos uma incursão a montanha Ciririca (≅1.705 m), na Serra do Ibitiraquiri, casa do Pico Paraná (≅1.877 m) a mais alta montanha do sul do país, apesar do Ciririca não ser tão alto quanto o PP ele é considerado por muitos como o K2 paranaense (montanha da cadeia do Himalaia que a dificuldade de escalada é superior ao Everest) tamanha a dificuldade da trilha, e na ocasião descobrimos que a falácia não é apenas um mito, de longe foi a trilha mais difícil que eu tinha encarado até então, foram “apenas” 15 Km ida e volta com 1.500 m de ganho positivo que foram superados em 7h30m de tempo bruto, a trilha é caracterizada por muito sobe e desce de vales, raízes emaranhadas num solo escorregadio além de várias escaladas trepado em pedras e raízes. Após termos alcançado o cume do Ciririca que por sinal estava completamente fechado, voltando para a Chácara do Bolinha fui superar um obstáculo (acho que uma árvore caída),  alonguei demais uma das pernas e veio uma forte cãibra que me deixou no chão e me acompanhou por todo o longo caminho de volta, perdoem a extensa introdução, achei importante salientar o perrengue que passei nesse primeiro ataque ao Ciririca para introduzir a aventura a seguir, mais tenebrosa e recompensadora do que essa.

Ontem tive um treino de humildade, saímos para fazer o Morro do Ciririca, vizinho do já conhecido Camapuã – Tucum que fazemos ida e volta em menos de 3 horas, o dono da Chácara do Bolinha disse que o Ciririca era apenas 4Km a mais, resultado mais de 7 horas de treino, 16Km e 1500m de desnível positivo em meio a lama, raízes e densa floresta atlântica, treino mais desafiador da minha vida, sofri muito com câimbras, antes disso achava que estava muito bem preparado #sqn pesquisando na Internet descobri que o Ciririca é conhecido como o K2 paranaense. Lugar maravilhoso e lindo mas tenso, na hora me perguntava o que eu estava fazendo ali, agora não vejo a hora de voltar. #trailrunner #trailrunning #montanha #ciririca #morrodociririca #seelacorreeucorro #trailrunningnet #mountain #rainforest #florestaatlantica #natureza

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O início da aventura

Ainda estou tentando concluir se os atletas que correm ou fazem trekking em montanhas tem a memória curta, ou são apenas meio masoquistas, no início do ano o amigo Fábio Japa falou que queria fazer o percurso chamado “Ciririca por cima”, que consiste em chegar ao cume do Ciririca passando por outros 6 cumes, Camapuã (≅1.706 m), Tucum (≅1.736 m), Cerro Verde (≅1.653 m), Lua (???? m), Cerro Luar (≅1.635 m ), e Siri (≅ 1485 m), o convite foi aceito junto com o experiente amigo Luiz Voronovicz.

Cerro Luar, Siri e Ciririca

Marcamos a travessia para o dia 02/09/2017, um sábado, utilizando o aplicativo Windguru para previsão meteorológica vimos que não havia previsão de chuva, mas que as nuvens estariam muito baixas o que podia prejudicar a visibilidade, previsão concretizada, chegamos a Chácara do Bolinha com o tempo fechado, iniciamos a atividade as 07:43, rapidamente alcançamos o cruzo e seguimos em direção a rampa do Camapuã, chegando lá a visibilidade estava muito baixa devido a forte névoa, felizmente próximo ao cume do Camapuã o tempo abriu um pouco e as névoas ficaram pra trás (na casa dos 1350 m) permitindo belas fotos como essas abaixo.

Depois da pausa para as fotos, seguimos rumo ao conhecido pico Tucum, mas antes fizemos uma parada bem no meio do vale que separa as duas montanhas para conhecer uma pequena grota com água potável, dica que um montanhista nos deu um final de semana antes, quando o seu Luiz e eu fizemos um ataque no final da tarde ao Tucum.

Com cerca de 2 horas na trilha alcançamos o Tucum e pegamos a via que leva ao Cerro Verde, a trilha possuí um pequeno trecho corrível mas logo em seguida se chega a uma grande depressão com inclinação média de 40º, muito escorregadia e cheia de espinhos junto a vegetação que serve de apoio na descida (recomendo fortemente o uso de luvas!!!), no final da descida se entra numa densa floresta que fica no meio do vale entre o Tucum e o Cerro Verde, relativamente fácil de ser perder pois existem muitas entradas de trilhas, o segredo é tentar seguir as fitas nas árvores. Em determinado ponto a trilha nos levou a um riacho, acredito que seja um ponto de abastecimento pois ela acaba logo após esse riacho então voltamos um pouco e percebemos que na bifurcação deveríamos ter seguido era a esquerda e não a direita.

Seu Luiz na trilha, bem no meio do vale entre o Tucum e o Cerro Verde.

O que garantiu o sucesso da travessia foi a nossa navegação com o GPS portátil Garmin GPSMAP 62S do Japa e como auxiliar o meu Suunto Ambit 3, baixamos o percurso da travessia da Wikiloc do usuário Ralcine e os carregamos nos dispositivos.

Rumo ao cume do Cerro Verde, já superado o trecho úmido (para não dizer encharcado) de mata atlântica o tempo piorou, muita névoa, visibilidade baixa, paramos para o primeiro lanche reforçado na bifurcação que a esquerda leva o Cerro Verde e a direita ao Ciririca, com 3h20m e 6,8 Km percorridos alcançamos o cume onde o seu Luiz assinou o livro descrevendo a nossa empreitada.

Eu desconfio que logo após essa bifurcação seja o pico chamado de Lua, mas não tenho certeza, a altitude nele é de 1542 m, alguém confirma?

Voltamos para a bifurcação onde lanchamos para continuar a trilha do Ciririca e alcançar o quarto ou quinto cume (não tenho certeza), o Pico Cerro Luar, visto do Tucum a impressão que temos é de uma trilha de vegetação baixa, mas é apenas impressão em vários pontos as taquaras tem mais de 2 m de altura, também passamos por alguns trechos de “florestas encantadas”, onde do nada a trilha no campo de altitude termina e um buraco te joga dentro da floresta, 5h22m e 9 Km alcançamos o Luar com visibilidade quase zero, o que significa que em breve teremos que retornar com o tempo bom para aproveitar a vista. 🙂

Do Luar em diante a dificuldade de progressão na trilha aumentou, vegetação molhada nos deixando encharcados, espinhos, pedras íngremes e escorregadias para subir (e descer), muitos sumidouros e algumas erradas de trilha, chegamos ao pequeno Siri  com 1485 m  e descemos em queda livre rumo ao local chamado “Última chance” ponto de encontro da trilha por cima e por baixo do Ciririca.

Essa descida foi um dos pontos mais críticos da nossa aventura, cerca de 800 m ou 1 Km antes de chegar ao “Última chance” a trilha acabou, a sinalização desapareceu, os caminhos que tínhamos nos navegadores GPS mostravam desorientação (pois os autores sofreram o mesmo que nós), por sorte estávamos com o seu Luiz que ao ver a trilha maluca no GPS, decidiu abrir uma por conta kkk E não é que deu certo, passamos por alguns lugares perigosos, com armadilhas de folhas e raízes e enormes buracos em baixo, muitos cipós de espinho (inclusive nessa hora o Japa ralou feio a canela), além de pularmos pedras e troncos caídos, o interessante é que esse local tem um forte cheiro de merda, chega a dar náuseas, concluímos que o cheiro podre é proveniente da decomposição de material orgânico da vegetação, depois da trilha aberta no peito (não tínhamos facão), encontramos a trilha original e a tensão passou.

Local que nos perdemos e o seu Luiz abriu uma trilha no peito.

Enfim Ciririca…

No “Última chance” com 11 Km percorridos em 7 horas iniciamos a subida rumo ao Ciririca, estávamos bem dispostos, foi uma subida relativamente rápida,  tivemos uma agradável surpresa na segunda janela de céu aberto fora da mata, o tempo estava abrindo, pudemos ver o cume do Ciririca e outras montanhas da Serra do Ibitiraquire , naquele momento fiquei agradecido e motivado, o estímulo visual deu um fôlego extra a aventura, passamos pelos dois pontos de corda na subida e alcançamos o cume que tem um marcador geodésico (o caderno da montanha fica na segunda antena e não no cume como de costume), seguimos um pouco adiante até as antenas onde fizemos uma pausa para um lanche mais reforçado, aproveitei para tirar as roupas e deixar secando ao sol.

Anoitece na trilha de baixo

Com 12,6Km percorridos em 8 horas, por volta das 16:30 iniciamos o retorno, dessa vez pela trilha baixo, eu me lembrava que ele não seria fácil e demoraria um pouco, imaginei que entraríamos pelo menos uma hora noite a dentro, o que acabou se tornando uma doce ilusão rs O que não tiramos de fotos entre o Tucum e o Última Chance devido ao mau tempo, tiramos na subida e descida do Ciririca, além disso com quase 2000m de desnível positivo e muita ginástica para superar obstáculos, o corpo começava a dar sinais da fadiga e a nossa progressão ficava cada vez mais lenta.

Olhei no mapa do meu Ambit 3 e tínhamos um longo caminho a frente, já era 18:00 e dentro da mata a escuridão era cada vez maior, hora de colocar as lanternas de cabeça, porém ainda tínhamos 6Km a percorrer naquele terreno hiper travado que faz a corrida de obstáculos Braves parecer brincadeira de criança, nesse momento meu psicológico foi afetado e fiquei com um leve mal estar, não daqueles que te trava mas do que te faz querer avançar (ainda mais quando você tem horário para chegar em casa rs), tirando um pouco a curtição da experiência.

Avançamos na escuridão naquele sobe e desce de vales entre o Ciririca e a Chacará do Bolinha, repleto de troncos caídos, lama, raízes e cipós esperando uma oportunidade para te fazerem tropeçar e cair na ribanceira ao lado, escaladas, rios escorregadios, o tempo passava, mas a distância não, chegamos a ter um ritmo de 1km por hora, lembro do seu Luiz brincando com o japa que chegaríamos em uma íngreme rampa que só seria superada com cordas, depois ele falou sério e disse que não seria necessário passar por lá, mas que na antiga trilha sim.

Pausa para se alimentar, escuridão na Trilha de Baixo.

“É uma cilada Bino!”

Realmente quando fizemos o ataque por baixo um ano antes não passamos por essa rampa escorregadia, mas por uma ironia do destino, o track que seguíamos passava por ela, o seu Luiz mais que ligeiro se pendurou nas cordas e passou facilmente, já o Japa não se sente muito confortável com altura e cordas, mas seguindo as orientações do seu Luiz passou de forma relativamente fácil, era a minha vez, normalmente eu planejo mentalmente uma via ou maneira segura de fazer vou lá e faço, mas não estava confortável naquela rampa, o ponto inicial dela tem uma inclinação de 90º e a pedra estava muito escorregadia, não conseguia apoio dos pés na pedra, escorregava muito, ainda assim fui lá e tentei, mas não tive sucesso, apenas consegui deixar o braço dolorido de tanta força que fiz, o suficiente para não aguentar outra tentativa do mesmo modo, voltar não era opção, eu sabia que tinha outra trilha em algum ponto que não passaria por ali, mas achar uma trilha no escuro não é nada fácil, fora o tempo que tomaria, o seu Luiz deu a ideia de eu amarrar a corda na minha cintura e ele me puxar, e eu usar uma das cordas como apoio para o braço, deu super certo, obstáculo superado.

Após mais uma hora alcançamos o “cruzo” local que tem as placas de indicação das trilhas, sinônimo que faltava pouco, fiquei bem animado e até queria trotear, conheço bem o trecho, mas a possibilidade de encontro com alguma cobra me freou, aquela não era uma noite quente, mas estava longe de ser fria, uma picada de algum ofídio no trecho final da travessia poderia estragar toda a aventura.

Felicidade indescritível de chegar nessa placa, estávamos perto do fim da aventura.

Cruzamos o portão que dá acesso a Chácara do Bolinha perto das 21h, meu GPS marcava 20,5 Km, lembrei do amigo André Luiz Neves com quem eu tinha treinado algumas semanas antes, corri mais 500 metros para fechar os míticos 21 Km de uma meia maratona, quilômetros esses mais difíceis do que qualquer prova ou treino que eu tenha realizado até então, superando até as maratonas de montanha que realizei em tempos inferiores.

Considerações

O nível de dificuldade da travessia é elevadíssimo, se você é iniciante nem pense em fazer, é necessário muito treino e preparo psicológico, e isto só vem com a experiência que é adquirida com o passar do tempo, após o Tucum  tem muitos locais que você pode se perder e acabar ficando sem água e alimentos, além da possibilidade de cair e se machucar feio, ou até mesmo perder a vida. Todo cuidado é pouco!

O resumo da obra se compõe em 21 Km percorridos, em 13h49m de tempo bruto com ritmo médio de 39:23/km (o Strava disse que ficamos 4 horas em movimento kk tamanha a lentidão), desnível positivo de 2453 m, desnível negativo 2438 m, totalizando 4891 m de altimetria total.  Quanto ao desnível vale ressaltar que os percursos que encontrei na web apontam um desnível positivo médio de 2000m, porém confio no meu equipamento o Suunto Ambit 3 Peak possuí um recurso chamado FusedAlti que combina a medição de altitude do GPS com a do barômetro integrado, fazendo correções na altitude e aumentando consideravelmente a precisão, a medição dos dois Garmin (o de mão e o Fenix 3) do Japa também ficaram próximas a minha.

Percurso da travessia, faltou apenas o Lua na imagem

 

A maioria dos relatos de montanhistas sobre esse percurso fala em 3 dias de trilha, o fizemos em menos de 14 horas e tenho certeza que em outra oportunidade saindo mais cedo para não pegar a trilha de volta a noite, e já com algum conhecimento dela (se perdendo menos) é possível fazê-la em 10 ou 11 horas.

Mas ressalto alguns pontos entre o que fizemos e o que os montanhistas fazem, primeiro o peso da mochila, minha mochila devia estar pesando uns 5 Kg devido a quantidade de equipamentos, alimento e hidratação, mas de forma bem compacta, um montanhista vai levar uma cargueira com no mínimo 15 Kg que vai ficar enroscando em tudo que é vegetação, e isso atrasa muito! Eu levei um bastão de caminhada no mochila (me arrependi) e ele já ficava enroscando, me atrasando; outro ponto, corredores estão sempre treinando, durante a semana e finais de semana, nem todo montanhista consegue ter essa rotina de atividade física ativa, então expresso aqui meu RESPEITO E ADMIRAÇÃO PELOS MONTANHISTAS, não é porque levam mais tempo para percorrer um determinado percurso que isso retira a dificuldade do feito, pelo contrário.

Cuidado com a natureza

Lembre-se que a natureza só cuida dos resíduos dela mesma, como o local que passamos com cheiro podre da decomposição de vegetais, o lixo do homem é responsabilidade do homem, fez lixo traga o seu lixo de volta, não defeque perto de nascentes e rios para evitar contaminação, enterre os seus dejetos, se não tiver como cubra com pedras soltas ou capim.

Pequenos gestos de preservação tem grande impacto na conservação desses locais que tanto amamos, quem ama cuida! Eduque os seus amigos, conhecidos  e pessoas que encontrar nas tilhas com boas atitudes nas altitudes das montanhas!

O que eu levei e usei para a travessia

Hidratação: Reservatório na mochila com 2 litros de água com reidratante, 2 garrafinhas de 250 ml, 1 copo retrátil.

Alimentação: Várias barrinhas de banana, tipo Mariola, 1 Salamitos, 1 pacote de 50g de biscoite de leite, 1 pacote de amendoim ,3 sanduíches com queijo, presunto e tomate. (Só comi 2 o terceiro seria para uma emergência, nem avisei para o Japa e o seu Luiz que eu tinha esse extra rs se algo desse errado ia ser surpresa)

Equipamento: Mochila de hidratação Raid Trend Extend 0-12L , 1 Bastão de caminhada Nautika (que atrapalhou muito), 1 faca Gerber, copo retrátil, 1 lanterna de cabeça Black Diamond Storm 160 lúmens, 1 impermeável com capuz.

Medicamentos: Capsulas de sal, antialérgico Histamin em comprimido, Advil, anti atrito.

Navegação: Suunto Ambit 3 Peak (modo de alta precisão, terminei a atividade com 15% de bateria restante), celular com mapas e fotos da região.

O que eu vesti: Calça de compressão, segunda pele e uma camiseta de corrida, um buff na cabeça para proteger do sol e evitar suor nos olhos, outra no pescoço (estava no início de uma dor de garganta, que no dia seguinte ferrou de vez, fiquei mal rs). O Japa e o seu Luiz foram de bermuda, olha o resultado:


Tênis: Puma FAAS 500TR V2, com quase 500 Km rodados, o excepcional Puma para trilhas continua com bom grip e amortecimento.

O que faltou levar: Manta térmica, joguei a minha fora duas semanas antes, estava lacrada e ao abrir para verificar vi que ela tinha desbotado toda a parte metálica, um isqueiro e uma vela para se aquecer no caso de ter que passar a noite na floresta.

Link para percurso no Strava aqui.

Arquivo GPX do percurso aqui.

Em breve novas aventuras...

16 comentários sobre “Travessia 7 cumes (Ciririca por cima), Serra do Ibitiraquire

  1. Show de bola Diego, que fotos hein? Espetaculares!! De tirar o fôlego! Ainda vou treinar pra fazer esse percurso, claro que de início, pretendo apenas passar um pouco do Pedra Branca, onde já estivemos e alcançar mais um ou dois pontos à frente…Haja perna, e muito fôlego… Pra quem está iniciando, melhor mesmo começar com pequenos desafios… E aprender a lição das montanhas, humildade e muito respeito, elas tem “personalidade própria”, e não dar de sabichão… Treino, equipamento e conhecer seus próprios limites, são indispensáveis. Parabéns pra vcs pelo magnífico trabalho, isso vai para a história dos corredores de montanha, vocês estão escrevendo ela dia a dia, e será uma preciosa herança aos que amam o esporte, e aos filhos e netos também! Abraços, Deus abençoe e guarde vocês em cada desafio, pois são eles que dão sentido as nossas vidas, com mensagens de superação e de fé!

  2. Grande Diego, isso aí. Tenho certeza que dessa dificuldade toda, sua experiência só aumentou para as próximas aventuras, e vc só está ficando mais forte.

    Satisfação em fazer parte desa história amigo!

    PS: Então você fica me devendo um sanduíche de queijo, presunto e tomate! Hahaha

    Abração

  3. Parabéns, vocês são animaus mesmo! E a cobertura fotográfica e de texto ficou excelente. A gente realmente viaja junto com vocês. Dá até medo. Mas… pose de herói japonês é demais… nada contra os japas até porquê…kkkkkkkkkkkkkkkkkk. Um abraço e sucesso nos próximos desafios!

  4. Irado o relato browww kkkk realmente esse acesso sim da para considerar o Ciririca o K2 Brasileiro, o acesso normal acho um pouco de mito, pois a trilha é boa e bem sinalizada, bem diferente de quando Fiz a primeira vez em 1998. Legal ter usado meu wikiloc, aquela parte do zig zag foi osso mesmo, não sei se reparou, mas com as chuvas deslizou tudo é tentamos achar algum ponto de trilha novamente e como não achamos tocamos pra baixo depois … mas com certeza é o trecho com maior risco de acidentes devido ao estilo da vegetação… neste ataque trocamos aquela corda vermelha da rampa, pois a anterior era uma corda de varal … estive 2 fds antes do meu ataque de cargueira e me revoltei e voltei la trocar… o retorno é mais tranquilo, mas a fadiga destrói mesmo … parabéns pelo relato!!!!

    • Valeu Ralcine!! Em 98 ela devia ser realmente selvagem, passado 20 anos você consegue perceber se as trilhas trouxeram algum prejuízo ecológico para a serra como um todo? Tenho essa curiosidade…Faz tempo que não vou ao Araçatuba, mas de 2013 quando fui a primeira vez, para as últimas vezes percebo que a trilha do cume ficou bem degradada. 🙁 Aquele trecho do zig zag foi bem tenso mesmo, pisamos em uns colchões de folhas que sabíamos que embaixo tinham grandes buracos, o certo era termos voltado quando encontramos a trilha para deixar mapeado o trecho da perdida, mas paciência. Esse ano estamos querendo fazer o Agudo da Cotia, me disseram que tem uns trechos bem tensos por lá. Abs!

  5. Que baita aventura. Aquela descida final antes da “Últimta Chance” tem que se manter a esquerda até um ponto em que a trilha volta para a direita e encontra com a trilha original que esta fechada por causa de uma árvore tombada. Estive neste circuito em Maio, Julho e Novembro de 2017 e devo voltar em Maio ou Julho de 2018.

    Abraços

    • Olá Celio!

      Foi mesmo, das minhas preferidas, felizmente ainda tem muitas outras travessias próximas a capital paranaense e Brasil a fora para explorarmos. Aproveitando o ensejo, como você grava aqueles 360º que posta no Fb?? Muito irado aquilo!! Boas aventuras, abraços!

  6. Olá! Obrigado por compartilhar essa trip! Estou planejando fazer a travessia chácara bolinha- chácara Dilson (Tucum – Camapuã -cerro verde – itapiroca)
    Tô pesquisando mais sobre a trilha que liga o cerro verde ao itapiroca. Chegou a ver alguma placa indicando essa travessia na região? Obrigado

    • Olá Everton, placa não tem nenhuma, fitas em alguns pontos existem, bem como algumas indicando a travessia Alpha Crucis, mas a recomendação é levar o track da travessia em um GPS ou celular, o vale que separa o Tucum do Cerro Verde é bem fácil de ser perder (mas logo vc percebe e volta pra trilha rs), do Cerro Verde rumo ao Itapiroca aí eu já não sei. Boa aventura, abs!

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