Araçatuba Half Marathon 2014
No dia 06 de abril de 2014 foi realizada a prova do Araçatuba Half Marathon da TRC Brasil em Tijucas do Sul – Paraná, a prova contou com quase 300 atletas inscritos em 3 distâncias distintas, 4Km, 13Km e 21Km, este que vos escreve fez a sua inscrição para os 21Km.
A prova iniciou às 08:00 em ponto e os 100 atletas inscritos começaram cada um sua jornada para vencer os 21800m com desnível total de 3000m (não é a toa que é considerada a meia maratona de montanha mais difícil do país), consegui largar no pelotão da frente e acompanha-los por quase 1Km, até que se iniciou uma forte subida single track, para terem uma ideia a base do morro possui 912m de altura e em apenas 2Km se sobe 250m, sofri muito nesses quilômetros iniciais, faltou folego, demorou até encontrar um ritmo adequado para respiração, enquanto isso vi literalmente todos os atletas da prova me ultrapassarem, ficando em último junto com a amiga Priscila que também sofreu os mesmos efeitos que eu, confesso que fiquei desanimado e desmotivado.
Após a subida dar uma trégua e conseguir recuperar o folego e a motivação (estava me indagando porque fiz a inscrição para os 21km e não os 13km), comecei a minha corrida de recuperação, passei alguns atletas e logo cheguei na “Pedra da Coruja” que devido ao seu formato a apelidamos de “Pedra do Pinto”, neste ponto já estava com um bom desempenho e feliz por estar fazendo os 21km, alguns quilômetros depois se iniciou a descida para a “casinha”, com terreno irregular, pedras soltas e descidas íngremes foi a hora de correr forte, passei vários atletas e reencontrei a Priscila, deste ponto em diante corremos praticamente juntos, não tenho certeza da altitude da “casinha” mas creio ser mais baixa do que do local de largada, ou seja estávamos a cerca de 1300m de altitude e voltamos para os 900m, e ainda tinha o caminho da volta, subir o que descemos.
Hora do exorcismo, em janeiro de 2014 fizemos um treino no mesmo local, e posso afirmar que foi o meu pior desempenho, estava fraco, tive câimbras, tonturas e um pouco mais, tanto que não conseguimos fechar o percurso completo de 21km (não fizeram por minha causa), fizemos cerca de 18km, e o local que quebrei foi justamente a subida da “casinha”, desde então fiquei com a impressão que eu tinha assuntos não resolvidos com a montanha.
A “casinha” foi o primeiro posto de passagem aonde o staff picotava o seu numeral para confirmar que não houve corte de caminho, também teve algumas frutas e uma aguá que vinha direto da montanha super fresca, hora de se reidratar e repor as energias comendo melancia e tomando um gel, logo em seguida começou a luta da subida, mas dessa vez muito melhor do que no treino de janeiro, fase 01 vencida!
O corte da prova era logo após a “Pedra do Pinto” no Km 13, também o segundo ponto de passagem com picote, passei com 2:45, o limite era 3:00 mas foi estendido para 03:30, começou outra série de subidas, com imensos paredões de pedra que escorregavam feito sabão e assim continuar até a chegada ao cume do Morro do Araçatuba com 1675m e o terceiro ponto de passagem.
Na descida do morro se enfrenta uma trilha single track num terreno muito úmido, muito fácil de se perder o tênis na lama, ou tropeçar e levar um pacote, felizmente nessa prova não aconteceu nenhum dos dois comigo, hora de dar uma boa puxada, eu e a Priscila conseguimos passar vários competidores na subida dos paredões e na descida do morro, nada mal para os dois que chegaram a estar na lanterna.
Infelizmente vimos muito lixo em todo percurso, isso é algo que é inadmissível em qualquer prova ou treino seja na montanha ou na rua, falta de respeito total com a natureza por parte de alguns “competidores”.
Vale ressaltar que em vários pontos haviam córregos que serviam para hidratação (a água da montanha é a mais deliciosa e refrescante que existe) e também para refrescar lavando o rosto, molhando os pés e pernas (o que me rendeu um ensaio fotográfico de um dos fotógrafos da prova).
Na descida o sol castigou bastante já era mais de meio dia e não é legal correr no calor extremo, mas finalmente completamos os 21Km e cruzamos a linha de chegada com 04:58, o que me rendeu a 83º posição no geral masculino.
Acho errado dizer que se supera ou vence uma montanha, o verdadeiro trail runing consiste em se aliar a montanha, criar uma relação com o ambiente e gerar uma experiência pessoal marcante e positiva, tendo exorcizado a minha quebra em janeiro, posso afirmar que tive essa experiência.
E não posso deixar de agradecer e parabenizar a TRC Brasil por ter organizado uma prova tão incrível, já participei de outras provas da empresa e todas foram muito boas, mas essa foi impecável!
Até a próxima pessoal!
Enjoy and keep running!
Veja a galeria de fotos do Araçatuba clicando aqui.
Ótimo texto Diego. 🙂 mesmo não sendo o mesmo percurso, consegui relembrar de toda a prova…
Aeeee Diego,
Parabéns pela prova e pelo relato. Sofri demais nesta prova. Queimamos a largada saindo muito forte, e pagamos por isso rsrs
Até o próximo treino
Abs
fabiojapa
http://www.run2b.com.br
Muito bom o site! Será que não poderia ter uma parte com oferta de equipamentos e acessórios, principalmente os importados, pois moro um pouco longe da capital Curitiba e aqui não se encontra nada de qualidade.
Sucesso e um abraço!